Cobalchini busca consenso para UnC

Preocupado com a polêmica que surgiu com a decisão da Assembléia Geral da UnC-Caçador de não optar pela unificação e procurado por dirigentes da instituição e por acadêmicos, o secretário de Estado da Coordenação e Articulação, Valdir Cobalchini, se reuniu nesta quarta-feira (14) com o presidente do Conselho Estadual de Educação, professor Adelcio Machado, onde tratou do assunto.
Para o secretário, a saída é buscar o consenso entre as partes para que tanto a sociedade quanto os acadêmicos não sejam prejudicados pelo impasse. “A minha preocupação é com os alunos que se dedicam, se esforçam para pagar as suas mensalidades e precisam da universidade”, assinalou, afirmando que na condição de membro do Governo do Estado é sua função auxiliar na busca de uma saída.
Cobalchini recebeu a informação do presidente do Conselho que a instituição vai tratar o caso da UnC-Caçador como prioridade na busca de um impasse. “O conselho vai agora ouvir todas as partes envolvidas na questão e mediar esse conflito, buscando o melhor para a comunidade caçadorense, sem paixões, com espíritos desarmados, sempre em busca da educação que é o principal motivo de existência da UnC”, completou.
O Conselho Estadual de educação é um órgão consultivo e deliberativo do Governo do Estado responsável pelo credenciamento das universidades e também da validação dos cursos universitários. Atualmente, cerca de 70% dos estudantes universitários do Estado estão sob a tutela do Conselho.

ENTREVISTA ADELCIO MACHADO
“Nenhum acadêmico será prejudicado
com as mudanças que possam acontecer”

Como o Conselho Estadual de Educação está acompanhando a questão da UnC?
Eu, na qualidade de presidente do Conselho fui procurado pelo deputado Valdir Cobalchini, que na condição de secretário de Articulação do Governo, pode colaborar muito na solução desse impasse. Então, a partir de agora vamos tratar esse assunto com todo o carinho, por dois motivos: o pedido do nosso secretário e porque acredito firmemente no sistema fundacional como a melhor forma de fazer universidade de acesso a todos.

Como o senhor avalia essa situação de impasse que surgiu em Caçador?
Vejo isso com a maior normalidade. Já vivemos isso com a Unochapecó, quando saiu da Unoesc. Ficaria surpreso se fosse diferente. Porque a universidade é comunitária, é gerenciada e mantida pela comunidade, é normal que haja esse embate, essa discussão na sociedade, que independente das posições, está preocupada com o seu rumo. A nós do conselho, cabe serenar os ânimos e buscar o consenso, preocupados sempre com a manutenção dessa instituição.

Quais serão os encaminhamentos a partir de agora?
Nós estamos abertos a ouvir. Vamos ouvir a Ministério Público, que é o guardião das fundações. Vamos ouvir os mantenedores da fundação, os representantes dos alunos, os a favor da unificação e os contrários e juntos vamos buscar o consenso. O conselho existe para isso, para buscar a solução nos impasses. Vamos esperar serenar os ânimos, porque no momento é normal que existam exaltações e vamos colocar todo à mesa, buscando sempre a valorização desse sistema de ensino que deu tão certo e que é um modelo para o Brasil.

Qual a mensagem para os alunos da UnC?
A mensagem principal é que estudem e se preparem para vida. Com relação a esse impasse, a mensagem do Conselho Estadual de Educação é que aconteça o tipo de mudança que vier acontecer, o caminho que a instituição vier a tomar, os alunos não terão nenhum prejuízo. Eu recebi um apelo do secretário Cobalchini nesse sentido e vou cuidar pessoalmente desse assunto, com todo o carinho.

Quando o conselho começa a ouvir os interessados?
Ainda não temos cronograma definido. O momento agora é de serenar os ânimos. Os alunos voltarem as suas salas de aula, os professores darem as aulas e vida continuar normalmente. Isso é normal no mundo da educação. O mundo da educação é de conflitos e cabe ao conselho ajudar numa solução, buscando sempre continuar com esse sistema, repito, modelo de descentralização no sistema de educação.